quinta-feira, 26 de julho de 2012

Pesca do Robalo Com Camarão D.O.A - Técnicas



Formas de trabalho:
O jig pode ser  trabalhado de várias formas. No fundo com toques ou com arrasto, meia água, com toques ou com recolhimento contínuo rápido ou lento.
Nos dias em que os robalos estão na meia água, mas não estão atacando os plugs, os jigs com toques ou recolhimento contínuo dão excelentes resultados.


Pescando com recolhimento contínuo:
Esta é a técnica mais simples e há basicamente três formas:
Recolhimento contínuo lento, rápido ou recolhimento contínuo com pequenas pausas.
O peso do Jig Head irá influenciar mais na altura em que queremos trazer a isca.
Na maré mais forte os jigs com maior peso descem mais rápido até a altura desejada, depois é só fazer o recolhimento contínuo.
Já os jigs leves, normalmente são utilizados nas maré mais fracas, ou quando queremos trazê-los perto da superfície, ou ainda nos casos de se aplicar pequenas pausas durante o recolhimento.
No caso do recolhimento continuo, utiliza-se mais as iscas como os shads e grubs.

Pescando na meia água com Jig Head e Camarão Artificial:
Na meia água com toques, eu costumo utilizar os jigs mais leves possíveis, como os de 3,5gr. Pois nessa situação de pesca o melhor é utilizar a maré a seu favor para manter a isca constantemente na altura que desejamos.
Deve-se arremessar para “cima” da maré e deixar a isca atingir a altura desejada, depois disso eu costumo dar apenas 1 toque médio ou curto ou 2 curtos, sempre mantendo a linha esticada, quando a linha tencionar é que a maré irá começar arrastar o jig novamente, é nessa hora que repito os toques. Isso fará com que a isca venha dando pequenos saltos e se mantendo na mesma altura com a força da maré, os toques irão servir para dar vida a isca. Nessa técnica tanto o camarão como o shad funcionam muito bem.




Pescando no fundo, a favor da maré:
Há situações em que o robalo somente ataca os camarões no fundo se trouxermos eles a favor da maré. Então para aplicar está técnica deve-se tomar alguns cuidados:
O primeiro deles é a forma de apresentação do camarão, como disse anteriormente, ao se trazer a isca a favor da maré sempre precisamos arremessar para “cima” da maré e usá-la para trazer a isca.
Uma situação em que pode se utilizar está técnica é em copas de arvores caídas para dentro do rio. Deve se posicionar o barco anteriormente a copa e mantê-lo contra a maré.
Arremessar depois da estrutura e vir trazendo o camarão com a força da maré. Com isso iremos aproveitar toda a estrutura ao contrário de se pescar paralelamente à ela.
Pois com 1 toque apenas o camarão já saiu da estrutura e esta se encaminhando para o meio do rio, muita vezes não dando tempo para tirarmos o robalo de dentro da estrutura.
E por fim o outro cuidado que devemos ter é de que nesse tipo de técnica, tanto os toques quanto o recolhimento da linha para esticá-la devem ser feitos de forma mais rápida do que o normal, pois se demorarmos para fazermos tais movimentos a isca será arrastada pela maré e matará o movimento da isca bem como irá dificultar muito na sensibilidade do ataque do robalo no camarão com jig head.




Pescando no fundo:
Está técnica é a que requer mais concentração e sensibilidade por parte do pescador.
Normalmente, deixamos para usar os jig heads quando não resta outra alternativa a não ser a pesca de fundo. Portanto necessita um bom material equilibrado, para tirarmos o máximo proveito desta técnica.
Quando o peixe está extremamente manhoso costumo utilizar a técnica de arrasto. Para isto deve arremessar o camarão com jig head e esperar ele tocar o fundo. Depois de atingir o solo, dou uma pequena erguida na vara, até atingir a altura que desejo, normalmente a menor possível, mal retirando a isca do fundo, e vou baixando a vara juntamente com o jig, sem precisar recolher sobra de linha. Isso fará com que a isca mal erga do fundo e caia muito lentamente.
Outra forma de se pescar no fundo é com os toques.
Sempre costumo começar com poucos, apenas 1, as vezes intercalando 2 toques com movimentos bem sutis na vara. Depois de dar os toques, deve-se manter a linha sempre esticada, normalmente meia manivelada na carretilha é suficiente para tencionarmos a linha.
Não dando resultado, parto para 2 toques com força moderada nos movimentos, para procurar o robalo que não está tão colado ao fundo, normalmente de 50cm a 1m de altura do fundo do rio.
E por último deixo para dar os 3 toques já com movimentos mais agressivos com a vara. Este tipo de trabalho normalmente é utilizado para os robalos que se encontram a mais de 1m do fundo do rio ou em dias em que estão ativos e querendo comer iscas com maior vivacidade.
Vale lembrar que quanto mais toque e mais força empregada na vara, mais alto o camarão irá subir.


Pescando no inverno:
Aqui no Paraná e em outros estados, o robalo tende a mudar o seu comportamento durante o inverno.
Em vez de ficar nas estruturas das margens, como galhadas, pedras, normalmente ele procura ficar no meio do leito do rio, principalmente em rios ou braços de rios estreitos.
Nesse caso devemos posicionar o barco junto a margem, paralelamente a ele e vir pindocando para o meio do rio. A produtividade de capturas nesse tipo de situação aumenta vertiginosamente.
Também acontece de cardumes se concentrarem em fossos localizados no meio do rio ou até mesmo na margem em que haja esse tipo de local. Fica mais fácil acharmos estes cardumes com um sonar, ou então ficar insistindo num fosso que tenhamos esperanças de que seja um ponto promissor.
Acreditem na pesca para o meio do rio com o barco posicionado paralelamente a margem, principalmente naqueles onde sejam de leito estreito, que terão ótimos resultados!

Pescando no encontro de águas:
Eu particularmente gosto muito de pescar nesta técnica quando me deparo com este tipo de situação no rio. Sempre me trouxe bons resultados, normalmente ocorre quando há encontro de dois rios ou de um braço do rio com o leito principal.
As vezes ocorre de uma das águas ser mais clara do que a outra. Formando no canal, logo depois do encontro, um rio com 2 cores de águas.
Nesse caso, devemos nos posicionar paralelamente a divisão das águas, ficando com o barco na parte onde a água é mais escura, afastado da parte mais limpa.

Pode-se descer junto com a correnteza e ir pindocando ou se manter no mesmo lugar caso haja um cardume de robalos concentrado no mesmo ponto.
Deve-se arremessar em direção da água mais clara o camarão com jig head , fazendo com que caia alguns metros depois da divisão de águas. Feito isso, deve-se trazer com toques, ou no fundo do rio ou na meia água, conforme se encontram os robalos naquele local.
Ao atingir a divisão das águas é mortal... É nessa hora que o robalo ataca a isca. Ele costuma ficar escondido na parte de água mais escura como todo bom predador, a espreita das presas que descem desavisadas na parte limpa do rio, ataca e volta rapidamente para parte escura.
Se pescarmos de forma contraria dificilmente iremos pegar algum. A dica é se manter na parte escura e arremessar para a limpa e vir pindocando o camarão.

Pescando na maré parada na margem com maré corrente mais forte afastada da margem:
Está técnica é muito parecida com a divisão de águas como vimos anteriormente.
Há dias em que na margem do rio a água está praticamente parada e alguns metros afastado da margem a maré está correndo com alguma força, mesmo que pouca coisa a mais que na margem.
Então devemos sair do meio do rio e ir para a margem, colando o barco praticamente no barranco, se posicionando paralelamente a ele.
Feito isso, deve-se arremessar em direção ao meio do rio, onde a maré está correndo com mais força e vir pindocando.
O ataque do robalo ocorre na divisão das correntes da maré rápida com a parada. É tiro e queda.
Nesse caso o robalo tende a ir para divisão das correntes, pois é lá que irá passar as suas presas, trazidas pela corrente mais rápida.


Pesos dos jigs heads:
Mais uma vez vale lembrar que não existe um peso padrão para cada situação. Normalmente a escolha do peso do jig head é em virtude da força da maré.
Devemos sempre procurar usar o jig had mais leve possível.
Isso porque com um jig mais leve a isca tem uma queda mais cadenciada, com um jig muito pesado a queda da isca é muito agressiva, e isso pode assustar o robalo na maioria das vezes.

Porém em algumas situações o robalo está comendo iscas rápidas, ai se utiliza os jigs heads mais pesados mesmo na maré lenta. Ou então está comendo isca com nado lento, nesse caso se usa jig heads leves mesmo numa maré forte.
Tanto numa como na outra situação, a forma de apresentação do jig head irá mudar.
Na maré mais forte e utilizando um jig head leve, devemos usar a maré a nosso favor. Para isto, basta arremessar o jig mais para cima do rio, num ângulo aproximado de 45° como o jig é leve e a maré está forte até a isca tocar o fundo do rio, ela irá chegar exatamente no ponto que pretendemos pescar.
Na maré lenta com o robalo atacando iscas rápidas, é mais fácil a técnica, deve-se usar os jigs mais pesados com toques mais rápidos sem muita pausa entre eles e erguendo a vara durante os toques com maior altura.

Varas:
Este item é outro que depende muito do gosto particular do pescador. Em todo caso na minha humilde opinião, prefiro as varas com tamanho maior. De no mínimo 6’ pés, passando pelas 6’3’’ e no Maximo 6’6’’. Com libragens de ou 14 ou 15 ou no máximo 17lbs.

Marcas de varas recomendadas: Fleming, Rapala, D.A.M, G. Loomis,NS, Quantum, Shimano, Sumax, Marine Sports e muito mais.

Com ação no mínimo média-rápida. Atualmente, tenho dado preferência para as rápidas e extra-rápidas. As de 20lbs aqui na minha região não se faz necessário devido ao peso dos jig head serem de no máximo 14 gramas. As de 20lbs se usa mais em locais que se faz necessário jig head a partir de 18gramas. A de 20lbs deixo para usar com os JJ.
O motivo que me leva a preferir estes tamanhos de varas é em relação a alavanca na hora da ferrada. Ao meu ver, uma vara de tamanho maior além de transmitir maior sensibilidade, ferra com mais facilidade por ter uma alavanca maior do que uma vara curta.
Linhas:
Em relação as linhas, gosto muito de usar as multifilamentos de 10lb e no Maximo 16lbs ( Power Pro e Sumax), os leaders de flúorcarbono tenho usado o 35mm para os robalos pevas e tem dado conta do recado. Quanto mais fina a linha mais sensibilidade ela irá transmitir.
No caso dos flechas é o mesmo princípio, quanto mais fino o leader mais irá sentir sua batida, porém deve-se cuidar que neste caso sempre se exige um leader mais grosso do que no caso dos pevas.

Técnicas e dicas de pesca:

- Procure manter sempre uma boa distância do pesqueiro (estrutura de pesca), de 10m à 15m.
- Pinche o mais perto possível da estrutura, se der, pinche dentro da estrutura.
- Aproxime-se lentamente do pesqueiro com o motor elétrico e evite fazer barulho.
- Se estiver pescando com alguém, variem o tipo de isca/cor até conseguir identificar a isca que está dando mais resultado. (ex. se seu parceiro está pescando com isca de superfície use um plug de meia água.)
- Pesque de preferência a favor da maré, use a maré para levar a isca mais próximo da estrutura.
- Geralmente o melhor trabalho das iscas artificiais para o robalo é bem lento, com toques curtos e paradinhas


A hora da maré morta

O robalo é uma espécie que se torna mais ativa no movimento das marés, quando sai em busca de alimento. Por esse motivo, pescar em locais onde existe movimentos mais intensos das águas, durante as marés de lua de quarto, costuma ser muito mais produtivo. 
A maré morta, conhecida também como maré louca, é aquela em que praticamente não existe variação no nível da água, correndo hora para um lado, hora para o outro.

Isto acontece logo antes, durante ou logo depois do dia da mudança de lua crescente ou minguante.
Pescar Robalos nessas condições é um tanto limitado, pois eles costumam ficar inativos.
No entanto, não vale a pena desistir.
Veja algumas alternativas de locais para pescar o robalo quando a maré morrer. 

Rios longos
Os rios de maior extensão, normalmente, possuem um volume maior de água. Desse modo, a água pode vazar o tempo todo, durante a maré morta, criando um movimento de água interessante para pescar. Nestas condições os melhores locais para a pesca são os tradicionais, com estruturas formadas por galhadas, pedras e pilastras de ponte, por exemplo.

Baías
As baías são locais que geralmente recebem águas de vários rios. Nesse caso, a variação do nível da água se dá no interior da baía, em função dos diferentes fluxos de água.
Dentro das baías, os pontos mais produtivos ficam próximos a ilhas e a parcéis (pedras) submersos.

Ilhas
Sem levar em conta o tamanho ou tipo de formação de uma ilha de mangue, evite os pontos que ficam de frente para o mar. Procure explorar sempre as laterais, onde existe os movimento das águas. Os pontos mais produtivos costumam ficar nas cabeceiras das ilhas, onde a força da água (ou a correnteza da maré suave e lenta da lua de quarto) bate diretamente, lugar onde os Robalos caçam.

Parcéis
São estruturas formadas por pedras submersas. Neste tipo de local, a pesca do Robalo costuma ser menos produtiva quanto maior a profundidade. No entanto, em parcéis mais profundos, o pescador pode ter a agradável surpresa de capturar Garoupas, Badejos, Caranhas e outras espécies que habitam este tipo de estrutura. 

Piers
São estruturas construídas para atracar barcos. Nesses pontos, uma conjunção de dois fatores favorece a concentração de peixes. As colunas que dão sustentação ao píer formam uma casca de cracas, oferecendo proteção aos pequenos peixes, camarões e caranguejos que servem de alimentos para os Robalos. Além disso, a própria sombra formada pela plataforma ajuda a atrair os peixes. Procure pescar sempre nos pontos onde a água corre com suavidade.

Canais
Como as baías, os canais também recebem águas de vários rios. Geralmente localizados paralelamente ao mar, sua extensão pode ser quilométrica, com várias barras. Por este motivo, antes de  pescar convém consultar a tábua de marés do ponto mais próximo. A maré morta nas luas de quarto é a mais indicada para realizar uma boa pescaria nessas regiões, já que as marés maiores praticamente inviabilizam a pesca, principalmente com iscas artificiais.

Olho vivo
Durante as marés da lua de quarto, o processo de decantação tende a tornar as águas mais transparentes. Por isso, alguns cuidados devem ser tomados.Quando os peixes percebem que a sua isca artificial é falsa ? o que chamamos de peixe fajutado ? mude para uma  isca de ação diferente e, se possível, amortize a queda da isca na  água na hora do arremesso.
Quando o peixe estiver rebojando na isca bruscamente, arremessar próximo à isca do parceiro e cruzar as linhas são atos que devem ser evitados.
O arremesso, nessa situação, deve ser mais longo e o trabalho da isca, mais lento. Muitas vezes, o Robalo vem atacando a isca e acaba sendo fisgado bem próximo do barco.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Pesca com Float Tube - Bote de Barriga




Ola amigos pescadores, visto uma mensagem de um amigo pescador da região de Curitiba, o tema abordado por ele foi escolhido para matéria de hoje, pescaria essa com o consagrado nos EUA Float Tube.

Imagine uma região, como um lago, uma pequena represa, um riozinho de mangue onde a navegação com um barco motorizado seja proibida.
Imagine que nesse mesmo local existam diversas estruturas repletas de peixes que estes pontos são impossíveis de se chegar por terra, também.

Imagine agora, você chegando ao local, em silêncio, podendo explorar toda essa área.Fazer seus arremessos bem próximos a estruturas quase no mesmo nível da água. Com um float tube isso é possível.

Também conhecido como belly boat (bote de barriga), esse equipamento nada mais é que um tubo flutuador individual para pesca. É composto por uma câmara de ar envolta em tecido (geralmente nylon ou lona), um assento e dois grandes bolsos ao longo dos braços dessa cadeira. O encosto geralmente é formado também por uma ou duas câmaras de ar separadas.
Em vez de remos para navegar, o pescador utiliza nadadeiras ( pés de pato) calçadas sobre os tênis, ou botas (wading shoes ou de neoprene). Com esse recurso, as mãos ficam livres para a pesca ou outra atividade, como a fotografia, e a observação de pássaros e animais.

É composto por uma câmara de ar de pneu de caminhão ou trator. Dessa forma caso aconteça um pequeno furo, qualquer borracheiro pode sanar o problema.

 O deslocamento sempre é feito empurrando a água para trás, semelhante ao movimento dos remadores olímpicos. As nadadeiras também são bastante úteis para mudar a direção e controle de velocidade do float tube quando a pesca for em local com influência de correnteza ou maré.
O pescador tem que ter em mente que o float tube não foi projetado para cobrir grandes distâncias. O equipamento funciona bem em lagos, pequenas represas ou açudes e alguns rios de mangues.

 Outro aspecto importante é que o pescador ficará sentado com a cintura dentro d’água.
É comum o uso de wader (macacão impermeável) que o mantém seco e com o corpo aquecido, evitando câimbras ou uma lesão na musculatura das pernas quando a temperatura da água for baixa. 
No verão pescar sem wader no litoral é muito agradável.

No caso da pesca em pequenos rios de mangue, o pescador deverá estar atento ao movimento da maré, o que vai ajudar muito no seu deslocamento.
Quando a maré estiver subindo é o momento do pescador subir o rio também.

A grande vantagem de se pescar com float tube é a aproximação silenciosa dos pontos de pesca e estruturas. Outra vantagem é que, por ter um deslocamento lento, pode-se explorar por mais tempo determinado local, conseguindo melhores resultados, além de se atingir pontos que seriam impossíveis com um barco.
Dicas Importantes

- Sempre, antes de iniciar a pescaria, verifique se o float tube está em perfeitas condições.

- Não encha a câmara de ar em excesso. Respeite a orientação do fabricante (geralmente vem marcada a capacidade de ar para cada modelo). Ar em excesso pode fragilizar o equipamento.

- Não esqueça de carregar seu lanche e bebidas. É comum o pescador passar muito tempo em locais distantes e de difícil retorno. Lembre-se de levar repelente e uma bolsa estanque para máquina fotográfica. Ela mantém o equipamento protegido.

- Amarre um pedaço de corda na alça das nadadeiras e prenda na parte inferior da perna próximo ao calcanhar, com isso evita-se uma possível perda da nadadeira durante a navegação. 


- Quem navega com float tube deve ter atenção com os arremessos. As paradas de vara devem ser um pouco mais altas que o normal em virtude da proximidade com a superfície da água. Arremessos mais longos exigem bastante cuidado para eu o líder não toque na água durante os movimentos. Um bom teste é treinar os arremessos sentados no chão.


- Pratique a pesca com float tube na companhia de amigos. Evite praticar sozinho. Se você tiver algum problema, terá alguém para socorrê-lo. 

Pescador bom é pescador consciente, pesque e solte, só leve o peixe que for usar para consumo imediato. 

sábado, 7 de julho de 2012

A pesca da "Manhosa" Tilápia no Molinete - Usada em Pesque Pague!!!


Atendendo a diversos pedidos de leitores, vamos detalhar uma pescaria que feita por muitos pescadores de todo Brasil, porém nem todos tem sucesso em sua pescaria, não por sua sorte, mais sim pelo material adequado.Uma boa opção está na pesca da manhosa tilápia, utilizando uma técnica simples, porém muito eficaz.
Equipamentos
Para esse tipo de pesca pode ser usado varas de carretilhas até as velhas varas de bambu, porém vamos ao material utilizado nesse tipo de pesca que vamos abordar hoje:
Vara de ação leve e molinete micro com linha 0,25 mm monofilamento, de preferência uma cor tipo verde limão ou qualquer outra que seja de fácil visualização. Separamos um chumbo leve de no máximo 30 gramas tipo ervilha com furo no meio para que o chumbo fique solto correndo na linha.
Leve muito em consideração essa dica, pois o chumbo é um aliado de muitos pescadores, mais também um grande vilão, o excesso de chumbo ou ele travado na linha, quando o peixe chega a isca e abocanha a isca ele sente o peso do chumbo e solta a isca.
Usando um girador pequeno, coloque o chumbo na linha principal do molinete deixando ele solto e use um nó para amarrar o girador:
Na linha de baixo use de 40cm a 50cm de linha 0,20 a mais transparente possível, se puder use linha fluorcarbon, (não use chumbo na linha de baixo).
Anzol
Aconselhamos o uso de um anzol com mola tipo maruseigo, pois esses modelos fixam melhor a massa e evitam que ela se solte no arremesso. Deve se utilizar um anzol pequeno nos números 12 a 16, com a farpa amassada para poder soltar o peixe.
Outros anzóis muitos usados são das marcas: Albatroz, Owner, Marine Sports, Gamakatsu, Kenzaki e muito mais.

Descanso de Vara
Para esse tipo de pesca em espera é aconselhável um apoiador de vara, pois se você ficar com a vara na mão, a cada instante que se mexer vai movimentar a isca e a tilápia é um peixe “manhoso”, com isso vai espantar o peixe, ou também dificultar a visualização da puxada.
Ceva
As tilápias gostam de se alimentar no fundo do lago e permanecer nas imediações onde a comida estiver, portanto uma boa ceva se faz necessário. É aconselhável utilizar ração de coelho, pois afunda rapidamente e mantém os peixes no local, pois vai se dissolvendo aos poucos ( não use quirera).

Pescaria
Depois de montado o equipamento, use uma das receitas de massa (veja nessa matéria receitas de massas para tilápia), ou compre em lojas ou pesqueiros, existem diversas marcas e todas costumam ser muito boas.
Uma dica muito importante também é não utilize uma massa muito dura, se as tilápias vêem resistência elas não comem a isca. (Neste caso o arremesso deve ser muito suave para a isca não se soltar).
Lançe o anzol na água e coloque a vara no apoiador. Após o arremesso podemos deixar a vara no descanso. Uma dica importante é nunca esticar muito a linha. Ela deve ficar com uma “barriga” para o peixe não sentir resistência alguma quando carregar a isca.
Paciência e concentração é um quesito que faz toda a diferença, você deve ficar observando atentamente a ponta da vara, quando perceber um mínimo movimento significa que o peixe esta beliscando sua isca. De forma rápida e firme puxe a vara para cima para tentar a fisgada, muitas vezes você acabará fisgando o peixe pela barriga, rabo ou outro local, caso esteja passando por perto, isso não é raro de ocorrer. Nunca fique com a mão na vara, pois o peixe ira perceber e se afastar, quando for colocar a mão no equipamento o faça para tentar a fisgada, puxando-o com força, e sempre mantenha a vara no apoio de forma horizontal com a ponta próxima à água, aproximadamente uns vinte a trinta centímetros dela.
A pesca da tilápia requer uma atenção redobrada, pois é um peixe muito arisco e manhoso, por isso é aconselhável manter o máximo silêncio à beira do lago, evitando as passadas pesadas ou mesmo falar muito alto.
Outro detalhe seria quanto a cevar: Pergunte aos outros “tilapeiros”, se quem estava no pesqueiro jogou muita ceva. Em caso afirmativo, se você também jogar, provavelmente as tilápias encherão a barriga e não atacarão as iscas.
Pescador bom é pescador consciente, pesque e solte, só leve o peixe que for usar para consumo imediato.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Pesca de Lambari Com Chuveirinho Kenzaki de Fundo


Boa tarde amigos pescadores, tendo em vista a busca de informações sobre essa pesca que é a mais praticada no Brasil, vamos a pesca de lambaris.
Esse peixe é um predador nato, com uma pegada incrível, se fosse considerar seu tamanho, a puxada de um lambari equivale a um dourado em suas devidas proporções.
A modalidade mais praticada é com vara telescópica, linha fina de 0,12 a 0,20mm, peninha ou bóia, chumbo e anzol. Porém nessa matéria vamos falar sobre uma modalidade usada por muitos pescadores em Foz do Areia, Salto Santiago, Salto Segredo e muitos outros. É a pesca com chuveirinho, uma forma de pescar que não necessita de técnicas apuradas, porém necessita de um material adequado, para que essa pesca que parece fácil não se torne uma perca de tempo.
Vamos as tralhas: Vara telescópica de 2,30 a 3,70m de Carbono ( Para ajudar no final do dia a dor no braço), linha 0,20mm com a medida 1 metro menor que a vara, girador ( o menor que encontrar) na parte de baixo do girador amarre o Kit chuveirinho Kenzaki ( Mais conhecido como Kit Tambiú ) ele possui uma cestinha reforçada, 5 anzóis com miçangas, posicionadas estrategicamente na parte de cima do anzol, fazendo com que quando você fisgar o primeiro lambari você possa esperar o próximo para trazer de 2 ou mais.
A grande sacada desse sistema é a não utilização de bóia ou pena, fazendo com que o pescador sinta a “pegada do menino” na ponta da vara.
Lembrando que para o sucesso dessa pescaria, recomendo que seja cevado a cada arremesso enchendo o cestinho.
Segue a dica de ceva que uso e tem muito sucesso ( Para cada dia de pesca ):

1 Kg de ração de coelho (aquela que afunda quando molha, você acha em qualquer aviário)
1,5 Kg de quirera muída o mais fino possível.

Pode substituir a ração de coelho por farelo de trigo nas mesmas medidas.

Vamos a pesca: Encha o cestinho com ceva e arremesse em local que esteja com correnteza de preferência, aguarde o cestinho chegar ao fundo, caso não tenha puxada de um toque com a vara para cima para que a ceva mexa no fundo, e assim o lambari chegue na miçanga.

Caso no ato da primeira jogada pegue o lambari, estique a linha e espere um segundo puxar, de pequenas puxadas ( de leve) para que fisgue mais 2 ou 3 lambaris.



A interferência da Lua também é sentida por pescadores, tendo em vista essa informação coletamos opiniões de pescadores e chegamos a seguinte conclusão:
Luas consideradas excelentes para essa modalidade são Minguante e Crescente, mais leve em consideração a previsão do tempo, dias com muito vento não iram ajudar sua pescaria.
A pressão atmosférica é fundamental para a sua pesca, onde o ideal vai entre 1012mb e 1020mb.

Pescador bom é pescador consciente, pesque e solte, só leve o peixe que for usar para consumo imediato. 

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Pesca de Robalo com Bóia de Arremesso



Uma das técnicas mais usadas por pescadores de robalos é o sistema de pesca com bóia de arremesso.
Técnica essa que é utilizada em locais que existam galhadas, pedras e outros. A utilização desse tipo de material permite a flutuação da isca, e melhor posicionamento da isca nos pesqueiros.

Lembrando que para pesca do robalo, é comprovado que arremessos junto a estruturas ajudam em 70% a chance de puxada, por se tratar de um peixe “manhoso” o Robalo prefere o alimento que passe em sua frente com movimentos que tragam a maior realidade possível.

Para que esse tipo de pescaria de o resultado esperado, é indicado pequeno toques de ponta de vara, fazendo com que a bóia faça o trabalho de uma isca Popper.
Bóias com Rattles (chocalhos) são muito usadas nessa modalidades, pois o Robalo se trata de um peixe predador, e o barulho atraem essas “feras”.

O equipamento a ser usado deve ser montado utilizando: Vara com capacidade de linha monofilamento de 0,25 a 0,35mm (recomendamos linhas Ottoni Platinum ou Berkley), ou multifilamento de 0,18 a 0,25 mm (recomendamos a linha PowerPro), anzol 2/0 a 1/0 (recomendamos Owner ou Gamakatsu), bóia de arremesso (paulistinha, isopor com peso ou ConjuntoD.O.A Deadly Combo).




Lembrando que o uso do chumbo na linha de baixo (onde fica a isca) não é recomendado, pois o robalo tem a boca grande e come por sucção, se sentir algum peso ou mesmo na hora de fisgar o peixe pode escapar, devido ao peso.

Recomendamos que a isca fique solta, se tiver isca viva melhor ainda, pois seu movimento ira atrair o robalo ou outro peixe com certeza.

Unir a linha do molinete ou carretilha na bóia de arremesso de preferência com um girador (destorcedor), e na parte de baixo da bóia colocar uns 40 cm de linha, de preferência fluorcarbon, para que o peixe não veja a linha, se não houver fluorcarbon, uso monofilamento a mais transparente possível com bitola máxima de 0,35mm.

As iscas que podem ser usadas para essa modalidade: Camarão vivo, lambari, pedaços de manjuba, camarões de silicone (recomendamos D.O.A, Maré ou Zagaia) ou shads de silicone com jig head.
Lembrando que nessa modalidade a isca viva é um diferencial.



Características do Robalo
O robalo é um peixe que muda seu comportamento com muita facilidade. Algumas alterações ambientais podem interferir consideravelmente no seu comportamento como: ventos, movimento das marés, temperatura, transparência da água, materiais em suspensão, pressão atmosférica, chuva, luminosidade, etc.
Com a temperatura da água superior a 21 graus centigrados torna-se ativo na superfície.
Abaixo desta até aproximadamente 15 graus CC, pode ser encontrado à meia água e fundo.
Temperatura inferiores a 10 graus CC geralmente é imprópria para o robalo.
A pressão atmosférica é fundamental para a sua pesca, onde o ideal vai entre 1015mb e 1017mb.
A interferência da Lua também é sentida por pescadores, tendo em vista essa informação coletamos opiniões de pescadores e chegamos a seguinte conclusão:
1-     Observe o coeficiente de maré, acima de 70 é considerado médio, 80 é alto, acima de 90 é considerado muito alto excelente para pesca.
2-     Luas consideradas excelentes para essa modalidade são Quarto Minguante e Quarto Crescente, 3 dias depois da mudança da lua.
Segue uma referencia que usamos sempre para nossas pescarias: http://www.tabuademares.com/br

Pescador bom é pescador consciente, pesque e solte, só leve o peixe que for usar para consumo imediato.